domingo, 30 de novembro de 2014

Resenha: Na natureza selvagem - Jon Krakauer - Companhia das Letras


Boa noite, pessoal!


Hora de colocar as resenhas em dia... Hehehe


Hoje quero falar de um livro fantástico que li faz um tempinho: Na natureza selvagem, do Jon Krakauer!

Existe um filme (Into the Wild) desse livro lançado em 2007 escrito e dirigido por Sean Penn.


Confesso que não vi o filme, mas o livro devorei em dois dias... Sabe aquele tipo de leitura que você não consegue largar até chegar no final? E pior ainda, quando termina você fica triste, pois acabou! hehehe



Sinopse: O corpo em decomposição de um jovem é encontrado no Alasca. A polícia descobre que se trata de um rapaz de família rica do Leste americano que largou tudo, se internou sozinho na aridez gelada e morreu de inanição. Quem era o garoto? Por que foi para o Alasca? Por que morreu? Para responder a essas e outras perguntas, Jon Krakauer refaz a trajetória de Chris McCandless, revelando a América dos que vivem à margem, pegando carona ou circulando em carros velhos, vivendo em acampamentos e cidades-fantasmas. Mergulha no mundo da cidadezinha rural, onde homens rudes bebem e conversam sobre o tempo e a colheita. Compara a história do jovem com a de outros aventureiros solitários que tiveram fim trágico. O resultado é uma narrativa envolvente, por vezes amarga, em que os sonhos da juventude se transformam em pesadelo.

Nesse livro Jon Krakauer conta a história real de Christopher Johnson McCandless, jovem de classe média alta que acaba de se graduar após um excelente desempenho acadêmico em História e Antropologia pela Faculdade Emory, em Atlanta, EUA, onde fora colunista e editor do jornal estudantil The Emory Wheel. Chris McCandless foi convidado para ser membro da fraternidade Phi Beta Kappa, mas recusou, afirmando que títulos e honrarias eram irrelevantes. Walt, seu pai, era um eminente engenheiro aeroespacial da NASA. Em 1978, Walt abriu a User Systems Incorporated, uma pequena firma de consultoria que se tornou próspera. Sua sócia na iniciativa foi a mãe de Chris, Billie. Havia oito filhos na extensa família: uma irmã mais moça, Carine, de quem Chris era extremamente próximo, e seis meios-irmãos e irmãs do primeiro casamento de Walt.




Confesso que ao ficar saber da história desse jovem que resolveu largar uma vida promissora após se formar para partir em busca de si mesmo numa jornada fatal até o Alasca não resisti e me entreguei ao livro!


Logo no início da obra Jon Krakauer já dá as informações mais importantes sobre a personalidade de Chris McCandless: grande fã de autores como Leon Tolstoi, Jack London e Henry Thoreau trata-se de um jovem revoltado com o mundo que o cerca, representado principalmente por seus pais. McCandles não quer fazer parte da sociedade de consumo, busca a essência da vida através da estrada.


Chris McCandles parte em rumo ao Alasca praticamente sem nada, disposto a viver em meio a natureza desprendendo-se de todos os bens matérias. O dinheiro que estava em sua poupança para a faculdade foi doado para uma instituição... Ele leva apenas uma mochila nas costas, com algumas roupas, livros e uma garrafa de água!


Sua jornada dura dois anos através dos quais ele faz registros fotográficos e toma nota em alguns de seus livros. Pelo caminho encontra várias pessoas com as quais acaba fazendo amizade, como um casal de hippie, um agricultor e um senhor solitário. Por mais que fique um tempo com alguns dos novos amigos, Chris não desiste de seu caminho rumo ao Alasca e passa por diversas aventuras como, por exemplo, descer um rio de caiaque ate o México e viajar clandestinamente nos trens de carga.



Krakauer, fascinado pela tragédia de Christopher, conseguiu transformar um artigo que escreveu para a Revista Outside, que cobriu o caso na época da descoberta do corpo de Chris, em um relato muito mais completo de sua aventura dando origem a um belo livro. Para tanto, Krakauer visitou durante um ano os principais lugares que McCandless percorreu, pesquisou sobre a geografia e botânica do Alasca, teve acesso ao seu diário, a muitas das cartas que Chris enviou e conversou com muitas pessoas que de alguma forma cruzaram o caminho do jovem!

O livro vale muito a pena... Ao longo das páginas Jon Krakauer vai tentando descobrir o que afligia tanto Chris a ponto de ser necessária a realização dessa jornada, bem como tenta descobrir o que deu errado dentro do ônibus mágico! Sinceramente só senti falta de fotografias do Chris em sua aventura! Acredito que as fotos teriam enriquecido ainda mais a obra.




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