Boa noite, gente!
O livro foi escrito por Sophie Hannah e traz de volta à ativa o detetive belga Hercule Poirot após quase 40 anos deste a última história publicada por Agatha Christie.
A escritora britânica obteve a autorização da família de Agatha para dar vida ao detetive que foi retratado pela última vez em 1975 (Cai o Pano).
Nova Fronteira - 288 páginas - R$ 29,90 |
Sinopse: HERCULE POIROT SE APOSENTOU DA POLÍCIA BELGA HÁ MUITOS ANOS, MAS UM NOVO CASO NUNCA FALHA EM ENCONTRÁ-LO, ONDE QUER QUE ESTEJA, E É SEU DEVER INVESTIGAR.
Em 1929, num café em Londres, o detetive é surpreendido pela entrada dramática de uma mulher certa de seu assassinato iminente. Mas, para o espanto de Poirot, ela não deseja ajuda: diz que merece o que está por vir e sai desabalada do local, sem mais explicações.
Enquanto isso, o policial Edward Catchpool se depara com um cenário perturbador: em quartos diferentes do mesmo hotel, três cadáveres são encontrados dispostos da mesma maneira cuidadosa e com uma abotoadura de ouro com as iniciais P.I.J. em cada um. Juntos, Poirot e Catchpool tentarão desvendar a possível conexão entre aquela estranha mulher e os três crimes, antes que mais mortes ocorram e seja tarde demais.
Como grande fã da Agatha Christie eu estava mega ansiosa para ler esse livro, pois sempre amei as histórias envolvendo o bigode mais famoso do mundo.
A narração de toda a história fica por conta de Edward Catchpool, policial ainda inexperiente da Scotland Yard, o qual apresenta os fatos como se estivesse sendo feito um registro escrito dos acontecimentos.
A história tem início em um café londrino (Pleasant's Coffee House), no qual Hercule Poirot é surpreendido por Jennie, uma mulher que confessa que está prestes a ser assassinada. Estranhamente, ela não está à procura de ajuda: diz que merece o que está por vir e implora que caso seja assassinada não haja punição para o culpado! Poirot tenta obter maiores detalhes do que está atormentando a misteriosa mulher, mas da mesma forma dramática com que adentrou no café acaba por sair do local sem explicar de quem tem medo.
Enquanto isso, o Catchpool, policial da Scotland Yard, encontra três corpos no luxuoso Hotel Bloxham. As vítimas estão em quartos diferentes, mas todas estão dispostas da mesma maneira e dentro de suas bocas a policia localiza abotoaduras com monogramas com as iniciais PIJ.
Poirot está tentando aproveitar a aposentadoria e para isso está hospedado na pensão da Sra. Blanche Unsworth a fim de desfrutar de um pouco de anonimato. Foi na referida pensão que o detetive e o policial se conheceram e é lá que Catchpool lhe revela a sombria descoberta.
Ao tomar conhecimento dos assassinatos Poirot tem certeza que o assassino é a pessoa que atormenta a misteriosa Jennie. Assim, conta ao policial o estranho encontro que teve no Pleasant's Coffee House e afirma que necessitam localizar a mulher antes que seja tarde.
Catchpool tem certeza de que os crimes não guardam relação com o temor de Jennie, mas por conhecer a fama do detetive acaba aceitando de bom grado o seu auxílio. Dessa forma, os ambos partem em busca da ligação entre as três vítimas enquanto tentam obter mais informações sobre a misteriosa loira da cafeteria. Serão os crimes do monograma obra de um mesmo assassino?
A fim de não gerar spoilers paro por aqui... Hehehe
Não há como falar mais da história sem deixar escapar um ou outro detalhe da investigação, mas daí não haveria tanta graça na leitura!
E então? O que achei do livro???
Pois é, queridos... Estava super animada, mas após terminar a leitura não me senti lendo um livro da esplêndida Agatha Christie. O livro é bom, mas não reconheço a sagacidade do Poirot e nem a simplicidade e engenhosidade com que a Rainha do Crime elaborava suas tramas.
E então? O que achei do livro???
Pois é, queridos... Estava super animada, mas após terminar a leitura não me senti lendo um livro da esplêndida Agatha Christie. O livro é bom, mas não reconheço a sagacidade do Poirot e nem a simplicidade e engenhosidade com que a Rainha do Crime elaborava suas tramas.
Fiquei com a impressão de que Poirot é um mero coadjuvante na história. Talvez tal fato decorra da narrativa pertencer ao Catchpool, o qual achei meio irritante com seu raciocínio simplório. Claro que o grande Hercule Poirot gosta de destacar suas qualidades, mas no caso de Os crimes do monograma achei seu parceiro muito inferior intelectualmente.
Mesmo assim devorei o livro como quase sempre faço com a literatura policial! Apesar de não ser genial a obra tem o seu charme, mas claro está longe de representar a magnitude das células cinzentas do homenzinho metódico criado por Agatha Christie.
Há que se respeitar a coragem de Sophie Hannah por encarar esse desafio, bem como o fato de que cada escritor tem um estilo único, mas como fã considero Agatha inimitável. Logo, mesmo tentando evitar, a fim de aplaudir o livro acabei esperando algo do nível do Poirot de Agatha.
Apesar disso garanto que dá para abrir a mente e aproveitar a leitura deixando de lado comparações... Hannah constrói uma boa história que te prende do início ao fim. A única coisa que pode atrapalhar o sucesso da obra são as expectativas demasiadamente altas. Gostei da capa do livro... Por sinal, os últimos lançamentos das obras da Agatha pela Nova Fronteira estão com excelentes capas!
Da minha parte sempre acredito que devemos estar abertos as novidades...
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