terça-feira, 9 de setembro de 2014

Resenha: Os Assassinos do Cartão Postal - James Patterson e Liza Marklund

Confesso que nunca havia lido um livro policial antes.
Nada dessa coisa de policia procurando bandido e assassinos, eles nunca chamaram minha atenção. Pois bem, eis que um dia eu fui a um encontro literário sobre leitura policial. Um dos autores sobre o qual falaram foi James Patterson. Uma amiga que foi comigo, disse que não era muito fã dele, que ele era uma máquina de lançar livros, dai pensei: Um autor não pode lançar tantos livros assim por ano. Esse sacana (-_-) não escreve sozinho.
Depois fiquei sabendo que ele trabalha com co-autores, ou seja, ele passa o que quer da historia, faz um pequeno resumo, um rascunho e depois deixa com o co-autor que escreva o restante.
No começo achei que notaria algo, entre o pensamento, conceito, raciocínio dele para o do co-autor, mas nada. Achei o livro muito bem escrito e bem traduzido. E a co-autora desse livro, a  Liza Marklund tem livros de sua autoria, que  já estão em minha lista.

Estes são alguns deles:






Mas agora chega de papo e bora falar dos Assassinos do Cartão Postal:

Comecei a ler e já tomei um tapa na cara com o primeiro assassinato.
Planejado e arquitetado  em todos os detalhes. Os assassinos? 
Perfeitos, espertos, convencidos  e totalmente abusados. 

"Nós poderíamos ir pra casa. Saímos enquanto estamos ganhando e nos aposentaríamos como lendas."


"Lendas... Sempre morrem jovens. Mas nós não" 

Eles são como todos os assassinos :Não tem cara de assassinos.


Os assassinatos acontecem em vários países, e em cada país, antes de cada assassinato eles enviam um cartão postal para algum jornalista da cidade. Em cada cidade os assassinos escolhem um casal, jovem e apaixonado que tem seus sonhos e sua viagem romântica fatalmente interrompidos.







E  então aparece  Jacob, é um policial rabugento, focado, experiente  e que geralmente está com a razão e ele tem algo sexy, adoro homens brutos do jeitinho dele *.*  . Ele está atrás dos assassinos,  seguindo seus  rastros  de sangue e morte. Até que chega a Suécia.
E eu sinto que os policiais de lá não curtem muito os americanos:
“-Vincent van Gogh, conhece ele?”
“-Sou americano, não um bárbaro.”

Na Suécia, os assassinos comentem mais um crime, mas infelizmente a polícia Sueca não tem  muita prática com assassinatos...(um pequeno protesto da autora quanto a policia de seu país.)
 “-Meu Deus, o que é isso? Hora das perguntas na escola dominical?
Façam alguma pergunta dura, porra!”








Na Suécia, Jacob vê que ele tem a oportunidade, que é  o momento em que ele poderá finalmente triunfar, mas ele precisa de ajuda, então ele se junta com a jornalista Dessie, uma mulher que adora andar pela cidade em sua bicicleta com cestinho e que nunca consegue terminar seu doutorado. Mas, não se deixem enganar pela garota da bicicletinha, ela é esperta, inteligente, corajosa – adorei ela. 

O livro tem capítulos pequenos, isso me irritou no começo, já que alguns capítulos tinham uma página. Mas gosto de livros que mostram o ponto de vista de vários personagens, e neste é intercalado entre o Jacob, Dessie e os assassinos. E isso me conquistou.
Então você vai  lendo o livro e se perguntando, porque, porque, porque eles matam? Porque os catões, porquê? Muitas perguntas, muita investigação.
É escrito de forma inteligente e com uma historia que se desenrola rápido, ela tem pique e quando você percebe, se sente no meio da história junto com os investigadores. 

Adorei o livro, não posso dizer que foi o melhor livro policial que li porque esse foi meu primeiro, mas certamente está entre o melhor livro que li este ano, fiquei a madrugada lendo, não conseguia larga-lo. Eu gritava como Jacob, me virava na cama o tempo todo enquanto lia, meu coração disparava...
Esse livro despertou minha curiosidade, minha raiva, compaixão,  carinho, romance...
Agora é caçar mais livros policiais para ler.

Dicas? Estou  aceitando.

xoxo

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