sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Resenha: Os pistoleiros também mandam flores - David Coimbra

Oi gente, tudo bem?
 
Todo ano por aqui, entre os meses de outubro e novembro, acontece a Feira do Livro de Porto Alegre. E nessa semana ao pensar nesse evento senti uma certa nostalgia... Assim, resolvi ler novamente um livro de um escritor gaúcho que adoro e que sempre me faz pensar na Feira. No ano de 2007 ganhei meu primeiro livro do David Coimbra, o qual seria lançado nesse evento. Tratava-se de Os Pistoleiros também mandam flores.
 
 
Fiquei super empolgada, pois ele iria autografar a obra e aguardei ansiosamente a data! Tenho até a data registrada: 30/10/2007! Acredito que fiquei bem chata no período, visto que esse era meu assunto predileto... Na época fazia estágio e a sessão de autógrafos começava 15 min depois do fim do meu expediente! Estava nervosa, pois teria que literalmente voar para chegar a tempo. Passei a tarde agitada com a função do horário.
 
 
 
Tá, confesso que no dia acabei fazendo das minhas atrapalhas e esqueci o livro em casa. Quase arranquei todos os cabelos ao me dar conta disso. 
 

Eu queria muito conhecê-lo e não teria sentido comprar o mesmo livro que eu havia ganhado de presente de aniversário. Desesperada circulei pelos estandes da Feira e localizei um livro que ele havia lançado anteriormente: Jogo de Damas. E lá fui eu extremamente faceira para a sessão de autógrafos, mas sem o livro novo! hehehe
 
Enfim, seja por gostar muito do autor ou por sempre me lembrar da confusão que fiz, tenho um carinho muito grande pelo livro Os pistoleiros também mandam flores.
 
Resumo: "Nas ruas escuras de Porto Alegre, tudo pode acontecer.

Há aqueles que procuram mais uma dose para espantar o frio e as lembranças. Há os que buscam companhia, sexo. Há aqueles que se misturam ao burburinho dos bares para saber o que acontece, atrás de assunto ou confusão. E há também – acredite – pistoleiros que vão além da metáfora. Homens que matam sem ódio, por um punhado de dólares.

Rondelli, um jovem jornalista, se movimentava com desenvoltura entre os misteriosos meandros da cidade. Ele não teve dificuldade de identificar aquele estranho gentil, capaz de dirigir a uma bela mulher um galanteio sofisticado ou um ramalhete de flores do campo. Sim, aquele homem era capaz de matar."
 
Inspirando-se na literatura noir, David Coimbra, criou um folhetim ambientado em Porto Alegre, no qual há personagens muito engraçados e uma certa filosofia sobre a vida e as mulheres. Além disso, como uma boa obra do David não poderiam faltar as belas mulheres e um chopp cremoso!
 
A história tem início com Aníbal, matador de aluguel, visitando a casa do Professor Vanderlei. Nas primeiras páginas já sabemos, enquanto Aníbal está questionando Meriam, esposa do professor, que a vítima será o melancólico mestre.
 
Não fiquem tristes com a informação, pois o enredo do livro envolve justamente descobrir a razão do assassinato do professor e, principalmente, o mandante do crime.
 
Meriam, antes mesmo do assassinato, pressente que algo ruim ira acontecer e, mais do que isso, culpa seu pai por todas as coisas ruins que acontecem a ela e ao marido.
 
O caso acaba sendo a grande oportunidade da vida do jovem jornalista Régis Rondelli mudar para melhor. Rondelli ainda não tinha as mulheres que desejava, nem o carro que queria, nem as férias que merecia e muito menos o cartão de crédito que almejava, mas a ausência disso tudo seria superada com a incrível oportunidade de investigar o crime.
 

"Mas, afinal, qual é o maldito sentido da vida? A vida é realmente boa? Uma vida sem mulheres de pernas longas e torneadas e macias e rijas, pernas de louça, boas de se ver e agradáveis de se tocar; uma vida sem mulheres de seios sólidos e empinados, seios que mirem o firmamento com seus bicos duros como tachas de aço inoxidável; sem mulheres de nádegas redondas e arrogantes, que balancem com graça e firmeza ao meneio de quadris suavemente recurvos; e mais: uma vida sem os prazeres que o dinheiro paga, sem cartões de crédito, sem gastos em euros, sem temporadas em Punta, sem a segurança de um emprego fixo, sem fama nem glória, essa vida pode ser considerada boa?

Essa era a vida do repórter Régis Rondelli."

 
O livro tem uma narrativa muito agradável através da qual sentimos que somos verdadeiros confidentes de Rondelli... Tanto na busca pelo culpado da morte do professor quanto nas aventuras com as mulheres da trama. É difícil não acabar se envolvendo com as emoções e apreensões do jornalista.
 
Aproveitem essa leitura que apresenta momentos de mistérios e muito bom humor... É um livro divertidíssimo que não pode faltar na sua estante!
 
Bjinhos!

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